A mídia e os limites do personalismo na polí­tica brasileira: uma análise dos mandatos de Tiririca, Jean Willys e Celso Russomanno

Autores

  • Janaine Aires Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Clara Câmara Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.2.124

Resumo

A mídia tem sido frequentemente apontada por sua crescente centralidade no exercício
político, seja pelo atravessamento de sua lógica na disputa eleitoral, seja pelos impactos que
promove na natureza dos regimes. Partindo dessa linha de argumentação, pretendemos
refletir sobre um dos aspectos mais marcantes da relação simbiótica entre mídia e política: o
caráter personalista da política brasileira. Esse personalismo ao qual nos referimos, torna-se
especialmente evidente no contexto brasileiro em razão da cultura político-partidária do país,
considerada frágil e fragmentada. Nesse sentido, buscaremos compreender como o
personalismo se configura no poder legislativo e, especificamente, na Câmara dos Deputados.
Para isso, dedicamos atenção às trajetórias e aos mandatos de três parlamentares
diretamente vinculados à mídia na atual legislatura: Celso Russomanno (PRB), Jean Wyllys
(PSOL) e Tiririca (PR). A partir de indicadores de suas ações parlamentares e midiáticas,
verificamos se o fato desses parlamentares terem forte ação midiática molda sua ação
parlamentar de forma personalizada, fazendo com que se comportem no parlamento de modo
alheio à lógica político-partidária.

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Publicado

2017-11-18

Como Citar

Aires, J., & Câmara, C. (2017). A mídia e os limites do personalismo na polí­tica brasileira: uma análise dos mandatos de Tiririca, Jean Willys e Celso Russomanno. Compolítica, 7(2), 153–180. https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.2.124

Edição

Seção

Artigos