O agir democrático numa era de redes digitais

Autores

  • Stephen Coleman University of Leeds

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.1.110

Resumo

A política contemporânea possui uma qualidade transitória e indeterminada, pairando de forma inquieta entre o centralizado e o em rede, o nacional e o global, o gerenciado e o populista, o analógico e o digital.
Práticas políticas antes tomadas como certas começaram a parecer instáveis e modos emergentes de articulação política estão desestabilizando complacências institucionais. Ao longo do século XX, a consolidação de democracias políticas gerou abordagens de rotina à produção, ao processamento e à comunicação de mensagens políticas. Este sistema de comunicação política resultou em relações previsíveis entre elites políticas, mediadores jornalísticos e cidadãos. Como espero ter deixado claro nesta palestra, seria ingênuo supor que simplesmente mover a comunicação política online irá enriquecer ou degradar as vozes dos cidadãos democráticos. O antigo debate entre o bem e o mal da internet é despropositado e redundante. Porém, se a pressão democrática popular pelo tipo de construção de capacidade cívica que eu elenquei nesta palestra ganhar tração, tecnologias digitais, espaços e códigos podem, realmente, ter um papel significativo em facilitar práticas conducentes a uma democracia mais inclusiva, respeitosa e deliberativa.

Publicado

2017-06-28

Como Citar

Coleman, S. (2017). O agir democrático numa era de redes digitais. Compolítica, 7(1), 7–26 [27. https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.1.110

Edição

Seção

Artigo de autor convidado