Estratégias de retórica e enquadramento na cobertura do segundo mandato de Dilma Rousseff pelas revistas semanais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.1.113Resumo
Este texto volta-se à matriz de referências da framing analisys para estudar o modo como duas das maiores revistas semanais brasileiras – Veja e IstoÉ – valem-se de estratégias retóricas para estabelecerem enquadramentos noticiosos semelhantes na cobertura do primeiro ano do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Como recorte empírico, o trabalho debruça-se sobre as edições dos meses de janeiro e dezembro de 2015, período marcado por uma profunda crise política envolvendo o Governo Federal brasileiro. Conclui-se que o tratamento realizado pelas revistas semanais estudadas, sobretudo em seus processos de seleção de fontes, hierarquização de informações e utilização de figuras retóricas, aproxima-se de um modelo de enquadramento noticioso hegemônico nos termos trabalhados por Gitlin (2003), Porto (2002), Sigal (1974) e Soley (1992), tais como: a simplificação, a dramatização, o silenciamento de atores políticos e a constituição de um padrão hegemônico das fontes.
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