É possível confiar nas pesquisas eleitorais? Análise das intenções de votos nas eleições para governadores no Brasil em 2014
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2017.7.1.115Resumo
Pesquisas de opinião sobre candidatos a cargos públicos são muito utilizadas em época de eleição. Os dados servem para mostrar qual é a fotografia do momento, quem está na frente e apontar tendências de queda ou crescimento para os pesquisados. E aí reside um problema. Mesmo com tanta importância, são escassos os estudos que medem o grau de confiabilidade das pesquisas eleitorais no Brasil. É disto que este artigo trata. Após fazer uma breve revisão da literatura sobre as pesquisas eleitorais e a opinião pública, o trabalho apresenta um balanço feito com 77 pesquisas de 23 institutos diferentes nos 27 estados brasileiros antes da realização do primeiro e do segundo turno das eleições de 2014 no Brasil. Ao todo, foram analisados 302 candidatos. Os resultados indicaram que 32% dos candidatos pesquisados tiveram previsões que não se realizaram, sendo que a maioria dos erros se deu no primeiro turno. Quase 15% das pesquisas apresentaram candidatos trocando de posições entre a previsão e o resultado nas urnas. Entre as razões para tantos equívocos estão a utilização da margem de erro, a coleta de dados feita em um período distante do pleito e a quantidade de eleitores indecisos até a proximidade da votação.
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