A crise do liberalismo estadunidense
identidade e antipolítica
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2020.10.3.450Palavras-chave:
Estados Unidos, Cultura Política, Democracia, Identidades políticasResumo
Como foi possível a eleição de Donald Trump em 2016 e por que o campo progressista norte-americano não conseguiu fazer frente a sua ascensão? Essas são as perguntas que Mark Lilla em seu novo livro se propõe a responder. Observando a construção de uma cultura política cada vez mais centrada no individualismo, o autor critica a maneira como os agentes do campo liberal dos Estados Unidos cristalizaram um modo de fazer política caracterizado em pautas puramente identitárias que tornam incapaz a construção de uma agenda política compartilhada. Esta “pseudopolítica” faz com que as demandas dos progressistas sejam crescentemente refratárias gerando como consequência o enfraquecimento eleitoral do partido democrata e um vácuo político que é capaz de ser preenchido por figuras que saibam adaptar seu discurso à essa nova mentalidade antidemocrática.
Referências
LILLA, Mark. O Progressista de Ontem e o do Amanhã: desafios da democracia liberal no mundo pós-políticas identitárias. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
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