Contradições identitárias do Brasil emergente: uma análise dos discursos do Estado e da imprensa

Autores

  • Rafael Mesquita Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2014.4.1.60

Resumo

Pela maior parte de sua história moderna, a identidade internacional do Brasil foi a de um país subdesenvolvido. A recente ascensão nacional motivou uma política externa que busca afirmar uma nova identidade internacional para o país como potência emergente, assumindo um maior protagonismo em várias frentes. O presente trabalho investigou quais tensões surgem, aos olhos dos observadores internos e externos, conforme a nova identidade tenta se sobrepor à anterior, considerando a premissa construtivista segundo a qual a formação de uma identidade é um processo intersubjetivo, cujo êxito depende de interpretação e legitimação da parte dos agentes. Para tanto, foram analisadas quais visões sobre o lugar do Brasil no mundo são mobilizadas pelo discurso oficial do Estado e pelas instituições formadoras de opinião (imprensa nacional e estrangeira) para interpretar um episódio controverso da diplomacia brasileira, representativo desse novo projeto identitário: o Acordo Nuclear assinado com o Irã em maio de 2010. Para avaliar quais visões de mundo são evocadas, o discurso oficial do Estado foi contrastado ao de dois periódicos estrangeiros e dois nacionais no período. A metodologia de análise empregada foi a Análise de Discurso Francesa.

Biografia do Autor

Rafael Mesquita, Universidade Federal de Pernambuco

Ciência política, Relações internacionais, Jornalismo

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Publicado

2014-08-24

Como Citar

Mesquita, R. (2014). Contradições identitárias do Brasil emergente: uma análise dos discursos do Estado e da imprensa. Compolítica, 4(1), 149–180. https://doi.org/10.21878/compolitica.2014.4.1.60

Edição

Seção

Artigos