Comunicação inclusiva na TV Brasil

a língua brasileira de sinais no programa Repórter Visual

Autores

  • Keila Fernandes Santos Universidade Federal do Tocantins
  • Cynthia Mara Miranda Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2024.14.1.645

Palavras-chave:

Comunicação Inclusiva; TV Brasil; Língua Brasileira de Sinais

Resumo

O presente artigo analisa a comunicação inclusiva a partir da institucionalização da Língua Brasileiras de Sinais em edições da exibição Repórter Visual da TV Brasil, programa telejornalístico voltado para as pessoas surdas. O corpus foi analisado sob o ponto de vista dos aspectos estruturais, elementos textuais, perspectiva da comunicação inclusiva e análise de conteúdo temática, a fim de compreender como a população surda foi incluída no telejornal em edições selecionadas no período de 2011 a 2019. O estudo apontou que o programa Repórter Visual promoveu o acesso da comunidade surda à informação, mas a concepção de inclusão e a produção de uma comunicação totalmente inclusiva caminham lentamente e com retrocessos, o que exige ampliar o debate do tema nas esferas acadêmica, institucional e social.

Biografia do Autor

Keila Fernandes Santos, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Comunicação e Sociedade pela UFT, professora de Língua Portuguesa da Educação Básica e intérprete de Libras da Universidade Estadual do Tocantins. E-mail: fernandesantos.keila@gmail.com; Orcid: 0000-0001-8945-2609.

Cynthia Mara Miranda, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Ciências Sociais pela Unb, professora do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade da Universidade Federal do Tocantins. Bolsista em Produtividade do Cnpq e líder do grupo de pesquisa Comunicação, Direitos e Igualdade (CODiG). E-mail: cynthiamara@uft.edu.br, Orcid: 0000-0002-9399-7975.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Santos, K. F., & Miranda, C. M. (2024). Comunicação inclusiva na TV Brasil: a língua brasileira de sinais no programa Repórter Visual. Compolítica, 14(1). https://doi.org/10.21878/compolitica.2024.14.1.645