O cão que nem sempre late: o Grupo Globo e a cobertura das eleições presidenciais de 2014 e 1998
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2016.6.1.94Resumo
Os estudos da mídia brasileira em períodos eleitorais têm consistentemente encontrado um viés contra
políticos e partidos de esquerda, particularmente contra o Partido dos Trabalhadores. O presente trabalho
é uma contribuição a essa literatura. Trata-se de uma comparação entre as coberturas eleitorais do Jornal
Nacional e das capas do jornal impresso O Globo, ambos pertencentes ao Grupo Globo durante o período
eleitoral de 2014. Queremos, primeiramente, testar a hipótese da continuidade do comportamento das
mídias desta empresa. Uma vez confirmada essa hipótese, partiremos para o exame da hipótese do papel
de “cão de guarda”. Para tal, comparamos os resultados das análises das eleições de 2014 e de 1998:
duas campanhas para reeleição, com os mesmos partidos em competição, PT e PSDB, mas ocupando
lugares opostos dos polos situação e oposição. Nossos resultados confirmam a tese da continuidade do
viés antipetista e rejeitam o papel de cão de guarda. A metodologia utilizada para a análise das coberturas
das três eleições é a análise de valências das notícias.
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