A Comunicação Política depois do Golpe: notas para uma agenda de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.2.193Palavras-chave:
Comunicação Política, Golpe de 2016, BrasilResumo
O golpe jurídico-parlamentar de 2016 pegou de surpresa os pesquisadores brasileiros em Comunicação Política. Como e por que isso pôde acontecer? Este artigo sustenta que o problema se deve à incapacidade da pesquisa brasileira em definir a própria agenda de investigação. Por um lado, o Brasil se constitui como um país periférico no cenário internacional da pesquisa, e essa condição torna os pesquisadores brasileiros particularmente propensos a reproduzir, de maneira pouco crítica premissas e modelos cunhados para dar conta de condições inteiramente diferentes das que se apresentam no seu país. Pelo outro, um conjunto diversificado de atores tem, ativa e sistematicamente, emprestado caráter de verdade científica a agendas acadêmicas politicamente orientadas.
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