Crise hegemônica, ascensão da extrema direita e paralelismo político

Globo e Record nas eleições presidenciais de 2018

Autores

  • Mauro Porto Tulane University
  • Daniela Neves Universidade Federal do Paraná
  • Bárbara Lima Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2020.10.1.367

Palavras-chave:

eleições, telejornalismo, hegemonia, paralelismo político

Resumo

O artigo analisa a cobertura noticiosa dos dois principais candidatos (Jair Bolsonaro e Fernando Haddad) pelas duas maiores redes de televisão (Globo e Record) durante as eleições presidenciais brasileiras de 2018. O estudo está baseado na análise de conteúdo de 27 edições do Jornal Nacional e do Jornal da Record, no primeiro e no segundo turno. Parte da hipótese de que a cobertura noticiosa destas emissoras revelará uma nova forma de paralelismo político no Brasil, caracterizado pelo alinhamento mais forte entre a Record TV e a candidatura de Jair Bolsonaro. Os resultados apresentam evidências de um viés pró-Bolsonaro no Jornal da Record, ainda que as diferenças entre as duas emissoras não sejam significativas no segundo turno das eleições. Conclui que a eleição presidencial de 2018 expressa uma crise hegemônica mais profunda, caracterizada por alterações importantes no papel historicamente desempenhado pela Rede Globo na política brasileira.

Biografia do Autor

Mauro Porto, Tulane University

Professor associado e chefe do Departamento de Comunicação da Tulane University em Nova Orleans, Estados Unidos.

Daniela Neves, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Ciência Política pela UFPR e pesquisadora da área de Comunicação Política. Foi pesquisadora visitante na Tulane University.

Bárbara Lima, Universidade Federal de São Carlos

Mestre e doutoranda em Ciência Política pela UFSCar, bolsista pela Agência de Fomento Capes. Foi pesquisadora visitante na Tulane University

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Publicado

2020-05-29

Como Citar

Porto, M., Neves, D., & Lima, B. (2020). Crise hegemônica, ascensão da extrema direita e paralelismo político: Globo e Record nas eleições presidenciais de 2018. Compolítica, 10(1), 5–34. https://doi.org/10.21878/compolitica.2020.10.1.367