Mí­dia e democracia: indeterminação e representatividade da representação

Autores

  • Fernando Lattman-Weltman CPDOC/FGV

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2014.4.2.67

Resumo

Questiona-se aqui os pressupostos da chamada “crise da representação” na democracia contemporânea, e o papel específico nela desempenhado pelos modernos meios de comunicação, a partir de uma perspectiva teórica menos comprometida com os substancialismos individualista ou sociológico predominantes nas análises correntes sobre tal“crise”. Para isso,  procede-se a uma pequena releitura de algumas das teorias fundadoras da democracia representativa moderna, cujo objetivo é contribuir para o início de certa desmistificação da noção de “representação”, tal como utilizada hoje pelos vários argumentos da “crise”, mostrando que, em seus primórdios, o caráter representativo da nova ordem republicana criada no Ocidente em muito pouco – ou quase nada – se referia, de fato, a algum problema de “representação”(tal como concebido hoje). Finalmente, se esboça uma defesa da inserção institucional-política da mídia na poliarquia atual, com base numa recolocação da questão da “representatividade” para a estabilidade e a eficácia do nosso sistema, dito representativo.

Biografia do Autor

Fernando Lattman-Weltman, CPDOC/FGV

Professor e pesquisador do Instituto de Ciências Sociais da Uerj

Downloads

Publicado

2015-03-02

Como Citar

Lattman-Weltman, F. (2015). Mí­dia e democracia: indeterminação e representatividade da representação. Compolítica, 4(2), 27–58. https://doi.org/10.21878/compolitica.2014.4.2.67

Edição

Seção

Artigos