Representação política não-eleitoral na perspectiva processual: discursividade e estratégia no debate sobre a educação de surdos
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2016.6.2.103Abstract
O artigo tem como objetivo discutir a noção de representação política não eleitoral a partir de uma
perspectiva comunicacional, com ênfase na processualidade e na discursividade do ato de representar
(Saward, 2010). Analisamos o debate sobre qual o melhor modelo de escola para as pessoas surdas
buscando responder o que, quem e o quê se representa. A partir do mapeamento dos representative
claims (demandas por representação) realizamos uma análise sistêmica dos proferimentos a) de um
grupo fechado de lideranças surdas do Facebook, b) de uma audiência pública do judiciário e c) do GT de
Educação da Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Conclui-se que a definição do
grupo de representados e a defesa de determinado modelo de escola são fluidas e móveis, a depender
das audiências, levando em conta a dimensão estratégica quanto a discursiva.
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