Relações entre comunicação, estética e política: tensões entre as abordagens de Habermas e Rancière

Autores

  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2011.1.2.13

Resumo

Ao comparar as visões de Jürgen Habermas e Jacques Rancière a respeito da comunicação, da estética e da política, pretendo evidenciar que a formação de uma comunidade política expressa a tensão entre o próximo e o distante, o semelhante e o dessemelhante, o próprio e o impróprio. Ela mostra as fissuras e fragmenta a idéia do grande corpo social protegido por certezas partilhadas e amplamente unido por princípios igualitários previamente acordados e quase nunca colocados à prova. Ao recuperar os conceitos habermasianos de “mundo da vida” e “comunidade ideal de fala”, contrastando-os às noções de “desentendimento” e “comunidade de partilha” elaboradas por Rancière, argumento que a constituição de uma comunidade política deve revelar que a partilha de um mundo comum é feita, ao mesmo tempo, da tentativa de estabelecer ligações entre universos fraturados e da constante resistência à permanência desses vínculos.

Biografia do Autor

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG (Graduação e Pós-Graduação).

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Publicado

2011-10-24

Como Citar

Salgueiro Marques, Ângela C. (2011). Relações entre comunicação, estética e política: tensões entre as abordagens de Habermas e Rancière. Compolítica, 1(2), 109–130. https://doi.org/10.21878/compolitica.2011.1.2.13

Edição

Seção

Artigos