Eleições 2010: como os enquadramentos e as vozes organizaram os limites da controvérsia do aborto
DOI:
https://doi.org/10.21878/compolitica.2013.3.1.39Resumo
O artigo pretende refletir sobre a construção da agenda da mídia nas eleições presidenciais de 2010, quais os atores que dominaram o acesso aos meios de comunicação de massa, responsáveis pela produção dos sentidos e experiências coletivas no mundo contemporâneo. O objetivo central deste paper é observar como se processam os mecanismos de formação da agenda da mídia, tendo como estudo de caso a ênfase à temática do aborto na cobertura jornalística das eleições presidenciais nos jornais O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Através desta análise, pretendemos demonstrar que a formação da agenda da mídia é fruto de disputas, tensões e ajustes entre atores de campos simbólicos diversos, entre os quais o campo político e a própria mídia. A partir deste estudo, o texto pretende contribuir para reflexão sobre os fatores que interferem nos processos de formação da agenda da mídia e seus efeitos na propagação e naturalização de posições socialmente dominantes.
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