Equação da política provisória: a comunicação na disputa de afetos e votos

Autores

  • Maria Helena Weber UFRGS
  • Ana Javes Luz UFRGS
  • Sandra Bitencourt de Barreras UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.2.187

Palavras-chave:

Eleições 2014; Campanha eleitoral; Síntese do voto

Resumo

O texto analisa as condições políticas e dispositivos comunicacionais que incidiram na disputa entre os candidatos a governador do estado do Rio Grande do Sul (RS) no 2o Turno das eleições de 2014: o candidato vencedor, José Ivo Sartori (PMDB), e seu adversário, Tarso Genro (PT), que pretendia a reeleição. A premissa é de que, em períodos eleitorais, a política se submete a quaisquer estratégias de marketing e propaganda, desde que sem danos à imagem pública dos candidatos e capazes de capturar e fidelizar o eleitor até a urna. Trata-se de um exercício sobre a o processo de construção do candidato ideal, do inimigo e do projeto político, a partir das competências do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE), para experimentar a hipótese de que o tempo delimitado e a urgência de mecanismos de persuasão constituem a equação da política provisória, determinada pela combinação entre a síntese política, a síntese pessoal e a síntese comunicacional que traduzem o projeto e o candidato.

Biografia do Autor

Maria Helena Weber, UFRGS

Professora Titular do Departamento de Comunicação e professora orientadora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (UFRGS). Bolsista Pesquisadora 1/ CNPq. Doutora em Comunicação e Cultura (UFRJ, 2000). Mestre em Sociologia (UFRGS,1994). Bacharel em comunicação Social (UFRGS,1973). Coordenadora do Grupo de Pesquisa NUCOP (Núcleo de Comunicação Pública e Política) e do Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP). Autora dos livros Comunicação e Espetáculos da Política (2000) e Comunicação Pública e Política - pesquisa e práticas (2017), dentre outras obras de circulação nacional e internacional.

Ana Javes Luz, UFRGS

Jornalista, doutoranda em Comunicação e Informação (UFRGS), integrante do grupo de pesquisa NUCOP (Núcleo de Comunicação Pública e Política) e coordenadora executiva do Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP)

Sandra Bitencourt de Barreras, UFRGS

Professora do Centro Universitário Metodista IPA, pesquisadora do grupo de pesquisa NUCOP (Núcleo de Comunicação Pública e Política), doutora em Comunicação e Informação (PPGCOM/UFRGS)

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Publicado

2018-12-11

Como Citar

Weber, M. H., Luz, A. J., & de Barreras, S. B. (2018). Equação da política provisória: a comunicação na disputa de afetos e votos. Compolítica, 8(2), 41–68. https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.2.187